E agora?

E quando a gente pensa que tudo que fomos um dia se foi. E hoje não nos reconhecemos em atos, discurso, nem olhos nos olhos pelo reflexo do espelho é suficiente para encontrar em si alguns resquícios do passado. A aparência não é mais a mesma. Os olhos são mais sem esperança, sem brilho. A vida é uma correria. E um suspiro surge como consequência do pensamento. Pensamento este que te leva para viagens lunáticas.
Emoções vividas à flor da pele, mas por fora quem percebe? Quem se importa? Quem entenderá?
Por dentro um vazio profundo, uma ânsia por um num sei o que que nunca chega ou aparece. E nunca se sabe o que é.
Vamos ser fortes, vamos superar, vamos mudar... E o que isso tudo adianta se ninguém "se importa" de fato? Porque compreensão é aquilo que todo ser humano mais necessita. Ter alguém com quem possa contar, pra te abraçar, falar, escutar, ter alguém por você.
E é engraçado como o ser humano é individualista e não vive sem o outro. Esse paradoxo de termos nossas individualidades, mas não vivemos sem a coletividade. (Está certo que tem algumas exceções como as fobias sociais e alguns tipos de personalidades não muito sociáveis)
Mas porque nós, neuróticos, não conseguimos deixar de lado o outro e também deixar de se importar tanto consigo?!
O que a gente fez como o que fizeram da gente?
Aproveitamos mal ou muito bem?! Sofremos, esperneamos, buscamos outra alternativa ou nos subjugamos à aquilo que foi quase imposto?!
As nossas escolhas é que tornam nossas vidas mais ou menos amenas. E as consequências, o que faremos para arcar com elas? Choraremos, lamentaremos ou tentaremos repetidas vezes uma melhora?!
Mais uma vez é questão de escolha.
Uni Duni Tê Sala Mê Minguê o escolhido foi você!

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