Repensando

Na liberdade de escolha se vive a experiência de se sentir aquilo que se é verdadeiramente. A sensação de poder guiar sua própria vida. De se sentir o dona (o) de seu próprio destino. De escrever sua própria história sem se importar muito com o que os outros pensam ou esperam de você.
"...parece-me que a maior parte dos erros que cometi nas relações pessoais, muitos dos momentos em que fracassei nos meus esforços para ser útil aos outros, se explicam pelo fato de que, por uma reação de defesa, o meu comportamento se situou, de certa maneira, a um nível superficial, ao passo que na realidade os meus sentimentos seguiam numa direção contrária." (Rogers, 1961)
E se perceber que nesse jogo de ganhar ou perder, de ter e não ter, de querer e não poder... esses paradoxos da vida cotidiana que confundem o viver, mas que te fazem avaliar e planejar para onde se pode mover-se.
As relações por vezes se tornaram superficiais devido minha dificuldade em suportar aquilo que estava sendo pedido ou esperado. Descobri que não preciso me portar de maneira satisfatória eternamente. Que nem sempre vou conseguir satisfazer as expectativas dos outros. E que muitas vezes deverei sobrepor minhas necessidades, meus objetivos. Por que eu não vivo só de agradar os outros. E creio que essa etapa já passou, pois hoje anseio por outras satisfações e possuo outros objetivos. Não pararei até satisfazer-me, mas com os pés no chão. Sei que essa satisfação talvez nunca seja alcançada, isso não para, que há sempre algo novo. Sendo possível eu poder "operar" na minha vida. E assim vou indo a um passo de cada vez sem parar.

Crescimento


Aquilo que dá no coração, que aflige, não deixa dormir, incomoda.

Eu quero a serenidade de novo ao meu lado. Me ninando e embalando meus sonhos.
E a solidão será que vai deixar? 
Deixo tudo assim indo no passo rápido porque foge do meu controle. Não aceito essa condição... Mas me submeto a ela. Não tenho opção.
E esse medo desnecessário bate à minha porta como quem não quer nada. Medo de ficar só agora e para sempre... 
O meu discurso é bom. Pelo menos acalma as pessoas que eu quero bem. Mas não falo nada que não seja a verdade, mas essa verdade pra mim não é de verdade, não é nada que uma tentativa de enganar a mim mesma. Não sei se eu suporto isso. Eu sei que talvez possa e consiga, porque a rotina se encarrega de me ocupar, de eu me enganar. E assim eu passo a perceber a importância que minha família tem nessa minha vidinha mais ou menos. 
Enfim, aceito a condição do "acaso" de que tudo acontece para ser aproveitado no crescimento. Eu quero ser gente grande, mas todo "sacrifício" será preciso.

De passagem

Já encarei a vida  com mais inquietação. Vivenciando constantemente aquela sensação de impossibilidade diante das oportunidades de se fazer alguma coisa de diferente ou importante para si, principalmente. Esperando que algo de sutil e que me revele a luz e o caminho por onde eu possa caminhar livremente e intensamente. Apreciar as belezas que a vida florida e natural tem para mostrar. Interessar-me por caminhos tortuosos e que me endireitem para uma vida mais ou menos correta. Porque não nasci para a tradição, muito menos para a revolução!
Em busca de equilíbrio vou seguindo, tentando e conseguindo viver entre o céu e o inferno, entre o bem e o bom (mau), entre o sabor da liberdade e libertinagem...
Equilíbrio é sempre bom!
E todos os dias fico querendo me lembrar que estou aqui só de passagem e que isso faz meus dias terem mais peso, mais importância. E todas as minhas ações serão preciosas aqui e agora. O que mais me importa é o presente. As coisas que virão, estou às esperando. E as que se foram, não as quero mais, ou melhor, as coloquei no meu baú.
Estou na estação esperando meu trem chegar pra me levar ao caminho que já deveria estar.