Repertório novo

Considero que já fui mais seletiva em minhas escolhas musicais. Ao ingressar na universidade, lembro-me, assim como minhas amigas de turma também se recordam das músicas que eu adorava escutar. E como é estranho para eu perceber que hoje estou completamente (talvez fosse exagero meu), ou melhor, estou um tanto mudada se comparada à minha época de escola.
Eu sempre quis ser diferente, fazer diferente então meus gostos às vezes eram/são um tanto excêntricos. Então eu gostava de dizer que eu escutava Dead Fish e ninguém jamais havia escutado sequer o nome.
E eram nesses momentos que eu tinha orgulho de ser “diferente”. (risos)
E o tempo foi se passando... e aproximadamente 3 anos depois eu me vejo não apenas diferente, como sempre quis ser, mas renovada. Sei que os críticos de plantão podem achar um absurdo o que vou dizer, mas é muito além do que se pode ver.
Hoje eu estou aberta às experiências e quanto mais acredito que não tenho o mundo em minhas mãos, que ninguém tem total razão, que todos têm suas escolhas, seus caminhos, suas prioridades, necessidades e quem sou eu pra julgar?!
Eu sou mais uma na multidão, porém um alguém que para alguns pode ser notada de maneira mais especial e que se distingue dentre os outros por suas idéias incomuns e uma forte vontade de mudança social.
Enfim, no final das contas percebo que sou aquela mesma garota do ensino médio, com as mesmas idéias malucas de mudar “o mundo” (nem que seja apenas o meu mundo, por vezes). Agora com mais tranquilidade, mais certeza das coisas que podem me esperar e daquilo que jamais poderei mudar completamente: o mundo todo.
Ainda fraquejo, tropeço e em minha porta bate a angústia. Aquele vazio, aperto no coração. Ainda mudo e muito mais preciso mudar. E sabe o que é mais engraçado nisso tudo caro leitor (a)? É que a mudança é mais interior, menos perceptível a olho nu.
Deixa-me curtir um forró, dançar um bumba-meu-boi, ir a um pagode, curtir um rock... O importante é ser feliz. E sabe qual o show de verdade? O show da vida! Então vamos deixar de bobagem e parar com essa segregação musical, racial, monetária, social... eticetera e tal.
E assim eu vou seguindo tendo um repertório novo toda vez que me der “na telha”.

Abraços!

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